Um encontro realizado nesta quinta-feira (07/07), na sede da Associação Cearense de Aquicultores (ACEAQ), em Fortaleza, reuniu empresários chilenos, produtores de peixes e representantes da Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa). Na ocasião, os chilenos apresentaram seus negócios e as técnicas de produção aplicadas no setor aquícola que vêm sendo bem sucedidas no Chile.

Após a apresentação feita individualmente por vários empresários, o secretário adjunto da Seapa, Euvaldo Bringel, falou sobre a vocação cearense para a pesca e destacou a importância econômica que essa atividade representa para o Estado. “Hoje temos como destaque, especialmente no Ceará, a produção de atum e tilápia. O nosso grande desafio é enfrentar os longos períodos de seca, que deixam nossos reservatórios com pouca água. Ainda precisamos de mais estudos científicos sobre a mortandade de peixes”, frisou.

De acordo com o presidente da ACEAQ, Carlos Alberto Lemos, a tecnologia utilizada no Chile com a produção de salmão pode ser aplicada aqui no Ceará com camarão, tilápia, atum e outros pescados. “São tecnologias de serviços, equipamentos, produção e análise de água. O Ceará não pode deixar de produzir por causa das restrições hídricas e problemas com a estiagem. Temos que adequar as tecnologias apresentadas pelos empresários chilenos para termos uma produção sustentável”, afirmou Carlos.

Produção em cativeiro

O estado do Ceará se destaca no país como grande produtor de pescados em cativeiro,  sendo um dos pioneiros na atividade e um dos principais produtores de pescado de cativeiro do Brasil. Se contabilizarmos a produção de peixes e de camarões de cativeiro o Ceará ficará entre primeiro e segundo produtor nacional de aqüicultura. Em relação aos números locais o Ceará vem mantendo uma produção de tilápias em torno de 30 mil toneladas por ano, desde 2012, com eventuais quedas de 10% em sua produção, causadas principalmente pela restrição hídrica do estado. Já em relação ao camarão, os números locais apontam um crescimento em 2015 em torno de 15%, já que a atividade se desenvolve em águas salinas e salobras, não dependendo apenas de água doce.

Milena Fernandes

Assessoria de Comunicação da Seapa

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