Uma missão com 70 empresários, parlamentares e representantes do setor público visitou trechos das obras da transposição das águas do São Francisco, em Pernambuco e no Ceará. A comitiva foi conduzida pelo presidente da FIEC, Beto Studart e pelo diretor do ógão, Carlos Prado, onde também estava presente o secretário adjunto da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), Euvaldo Bringel, e o secretário de infraestrutura hídrica do Ministério da Integração Nacional, Osvaldo Garcia.

A visita iniciou em Cabrobó, em Pernambucano, com término em Jati, município da região do Cariri, trecho pelo qual se inicia a transposição no Ceará. “Estamos vivenciando um momento histórico, único, o Ceará da segurança hídrica, teremos garantia de água para investimentos, geração de renda e qualidade de vida, que aliada ao Ceará da educação, da Transnordestina que escoará as riquezas do interior do Brasil pelo porto do Pecém e outras infraestruturas, definitivamente teremos o Ceará inserido no desenvolvimento nacional diminuindo as desigualdades regionais e contribuindo para melhor justiça social. Este é o Ceará que sonho e luto, estamos construindo”, comemorou o secretário Euvaldo Bringel.

Segundo o secretário de infraestrutura hídrica do Ministério da Integração Nacional, Osvaldo Garcia, a obra da transposição do Rio São Francisco começou os testes do Eixo Norte do projeto em agosto. A água partiu da captação, em Cabrobó, e já percorre nove quilômetros de canais até o reservatório de Tucutú, o primeiro do Eixo Norte. Os dois eixos do Projeto de Integração do Rio São Francisco têm 477 quilômetros de extensão, sendo 260 quilômetros no Eixo Norte e 217 quilômetros no Eixo Leste. “A obra está com um total de 76,7% de execução. A conclusão da obra, atualmente, está prevista para 2017”, reforçou.

Breve Histórico

São quase 200 anos quando o deputado Marcos Macedo da província do Crato apresentou o primeiro estudo da Transposição do Rio São Francisco a D. Pedro II em 1847 e nos anos 1852, 53 e 54 foram aprofundados por engenheiro do império. Em 1913 o IFOCS volta a estudar o assunto prevendo um canal de 300 m3/s e só em 1972 provocado por outro deputado do Crato, Wilson Roriz, retoma-se a ideia. Em 1981, o DNOS incentivado pelo cearense Vicente Fialho dá sequência aos estudos e finalmente em 2007 no, primeiro governo do Presidente Lula, outro cearense, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, assume a liderança do processo e vencendo oposição de natureza, ideológica, ambiental e dos "donos da água" inicia a mais importante obra para o Estado do Ceará e uma das 10 maiores obras do gênero no mundo. Inicialmente executada pelo batalhão de engenharia do exercito, até que se viabilizasse os tramites legais das licitações. Finalmente e 2008 inicia-se a execução, tornando irreversível a obra e abrindo caminho para a realização de um sonho secular.

No inicio do governo Dilma chega a ministro outro cearense, Francisco Teixeira, com apoio do governador do Ceará, Cid Gomes, com a missão de pavimentar o caminho, tomar medidas objetivas para concluir a obra, renovar licitações, substituir empresas com problemas e dá consistência ao cronograma de execução, conduzindo uma obra complexa, com acompanhamento dos órgãos de controle como TCU, e sem sofrer grandes paralisações, viabilizando aplicação de recursos superiores a R$ 8,2 bilhão e deverá beneficiar R$ 12 milhões de pessoas dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

09.11.2015

Assessoria de Imprensa da Seapa com informações da FIEC

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