Alimentos arrecadados em evento de aquarismo e pesca esportiva são doados Imprimir
Ter, 20 de Fevereiro de 2018 14:37

Guias de pesca do município de Jaguaribara, no Vale do Jaguaribe, receberam no último sábado (17) 70 cestas básicas. A ação faz parte do I Encontro de Aquarismo Jumbo e Pesca Esportiva, realizado em janeiro deste ano, pela Associação dos Criadores e Lojas de Aquário do Ceará (Aclace) em parceria com Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa). Os alimentos que compõe a cesta básica foram obtidos mediante a inscrição no evento.

O I Encontro Cearense de Aquarismo Jumbo e Pesca Esportiva foi realizado juntamente com o "I Seminário Cearense da Cadeia Produtiva de Organismos Aquáticos Ornamentais". Com mais de 300 inscrições, os dois eventos levaram o público a discutir temas como a legalização da atividade, com o objetivo de desenvolver ações que fortaleçam a cadeia produtiva da aquicultura ornamental e do comércio especializado no Ceará.

Sobre o setor de ornamentais do Ceará

Segundo a Associação dos Criadores e Lojas de Aquários do Ceará (ACLACE), o mercado cearense ornamentais movimenta entre R$15 a R$20 milhões anuais e emprega cerca de 400 pessoas diretas e 1000 indiretas. O Estado é o 3º lugar em volume de peixes criados por ano (aprox. 1.200.000/ano), atrás de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e seguidos por Paraná, São Paulo e Pernambuco. Existem aproximadamente 40 criadores de peixes ornamentais, quase todos de pequeno porte, um de grande porte regularizado e um de médio porte também regularizado.

Os peixes criados vieram de países da África, conhecidos como ciclídeos africanos e que adaptaram muito bem a água e ao clima no Estado. Atualmente o Ceará é o maior produtor destas espécies. Outros vieram da América Central que são os mais comuns peixes de aquário (molinésias, platis e espadas).

São criadas mais de 150 espécies diferentes de peixes. Também no Ceará ficam os maiores criadores de peixes e corais marinhos do Brasil. “Aqui também está instalada uma das poucas empresas legalizadas no país para esta atividade, que é bem recente. Os peixes criados no Ceará abastecem o mercado interno (Brasil - principalmente, São Paulo e Rio)”, destaca o engenheiro de pesca e empresário, Ivan Oliveira.

Exportações

No final de 2017 foi iniciada a exportação espécies novas no mercado. As exportações do Ceará se dão através de quatro empresas que não criam peixes, somente fazem o extrativismo/coleta no mar cearense e compra peixes pescados na Amazônia para exportar para Ásia, Europa e EUA. São exportados em torno de 4.0000 peixes por ano, que custam entre U$ 0,60 a U$ 200,00.

O Ceará é também o maior exportador de peixes marinhos do Brasil, e o maior exportador do mundo na espécie Holacanthus ciliares (Queen angel fish), que possui um ótimo preço no mercado (U$ 15 a U$ 35,00), pois o mar cearense possui uma quantidade bem maior da espécie do que outras regiões do Brasil e do Caribe.

O setor cearense de ornamentais possui em torno de cincos barcos trabalhando na atividade de mergulho exclusivamente para coleta de peixes ornamentais, que é a atividade de pesca mais seletiva que existe, sem danificar o substrato do fundo do mar e coletando somente os animais de interesse. “Os peixes são acondicionados em caixas de isopor e colocados em sacos duplos ou triplos com 1/3 de água e 2/3 de oxigênio puro e suportam longas viagens até a Ásia enfrentando várias conexões até o destino final, que pode levar até no máximo 72 horas, sendo o ideal 48 horas”, finaliza Ivan Oliveira.

 

20.02.2018

Assessoria de Imprensa da Seapa

Julyana S Campos

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